Constrangimento, ansiedade, insegurança, baixa autoestima, afastamento social, depressão… situações e sentimentos motivados por um problema cada vez mais frequente e que exige muita atenção. HALITOSE!
Segundo a ABH – Associação Brasileira de Halitose : “ A halitose ou mau hálito é uma condição anormal do hálito que se altera de forma desagradável. A palavra halitose se origina do latim. “Halitu” significa ar expirado e “osi” alteração. É, portanto, o odor expirado pelos pulmões, boca e narinas”.
No site da entidade, são citados dados de que: no Brasil, pesquisas realizadas revelam que aproximadamente 30% da população sofre com este problema, cerca de 50 milhões de pessoas.
Mas porque abordar esse assunto e sua ligação com a pandemia?
Embora não seja considerada uma doença a Halitose pode estar relacionada à falta ou negligência de bons hábitos de higiene oral, entretanto pode ser um sinal de algum problema de saúde.
Geralmente o mau hálito tem origem na boca, tendo a acumulação de placa bacteriana e de tártaro tanto como causadores com também responsáveis por levar ao aparecimento de diversas patologias dentárias ou gengivais como a cárie dentária, a gengivite e a periodontite.
Ingestão de alimentos e hábitos ou estilos de vida menos saudáveis também são responsáveis pelo mau hálito. Alguns alimentos são famosos por causar um odor temporário como a cebola e o alho. Estes alimentos uma vez digeridos ou seja completamente absorvidos durante o processo de digestão tendem a ter o seu cheiro minimizado ou até mesmo desaparecer. Em se tratando de hábitos, a escovação dos dentes já é ponto importante também na questão da higiene pós alimentação.
Sabemos que as rotinas foram alteradas pela permanência em casa. Ainda que seja um hábito de higiene, cuidar da saúde bucal como escovação de dentes, enxaguantes bucais, utilização de fio dental, às vezes estão vinculados à rotina da vida profissional ou social, algo que mudou drasticamente em função do Lockdown e do home office.
Alguns protocolos interferiram nos hábitos e passaram a fazer parte da rotina do ser humano, alterando a percepção do próprio corpo e do mundo.
Um destes protocolos que impacta na questão da saúde bucal é o uso da MÁSCARA! É comum no consultório odontológico o paciente dizer que de uma hora para outra começou a perceber o cheiro do seu hálito pelo uso da máscara que abafa a saída do ar e de certa forma direciona para as narinas, tornando o cheiro que vem da boca mais perceptível.
Por recomendação da ANS – Agência Nacional de Saúde, é importante usar a máscara até ficar úmida, sendo necessário trocá-la assim que perceber essa umidade.
Após um ano de Pandemia, já ficou constatada a importância do uso de máscaras, que provaram sua eficácia e têm sido grandes aliadas na prevenção do coronavírus . Assim, é provável que usar máscara faça parte da vida por mais algum tempo como medida de segurança. Porém, se o incômodo é particular ao perceber o próprio cheiro através da máscara já é sinal da presença de alguma condição que merece atenção.
Importante reforçar que nem o distanciamento entre as pessoas e o uso da máscara são desculpas para descuidar dos hábitos de higiene.
A visita ao dentista é de suma importância para avaliar os sintomas e os incômodos que surgem pela observação, bem como a prevenção de outras doenças e condições específicas de cada paciente que uma vez tratadas conferem saúde e qualidade de vida.
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